quinta-feira, 13 de maio de 2010

a proximidade me bota cabresto
a lonjura marcada nos olhos
nos passos
nas horas
me faz desejos
me põe devaneios
mais de perto
saio correndo
distante fico parada
a espera do
nada
Temo deixar de saber te amar,
Não recordar tuas unhas perfeitas,
O cheiro do riso!
A insegurança posta à mesa
Sou tão mortal, tão humana
Fizeste-me tão maior pra se esconder atrás de desejos falhos
Sempre amada,
Nunca tocada.
Estrela única em noite de céu negro impossível.
Distante. Reluzente.
Me perco nos caminhos dos meus passos em falso
Esperando o que nunca chegara,
Teu salto pra perto
Atravessa o teu deserto a observar a estrela distante que criaste,
Me rebaixo,
Sou uma mulher qualquer, de cheiro, sabor e calor.
Estrelas não caem,
Estrelas não se estilhaçam...
Não se desconsolam.
Aos pedaços de minhas fantasias reescrevo o desejo e rejeito idolatrias.
Os restos expostos e tão pouco,
Que eu saiba saber deixar de te amar.
Que eu não saiba mais quem tu és
Mas não me esqueço de mim,
Mulher qualquer.